sexta-feira, 14 de maio de 2010

TRANGÊNICOS MUTANTES

Frio. Úmido.
...
Esta é nossa manhã!
03h........ DORMIR!
07h........ WAKEUP!
Alonguei no BANHO hoje!
No "espreguiçar" levei um choque! Esqueci que cresci (hoje tenho 1,80m) e quando me esgreguicei pra cima, sem querer, toquei com as duas mãos um Lorenzetti "panelão" que quase me arrebatou.
Com o grau de consciência nitidamente abalado, olhei-me no espelho para ver se olhos tinham saltado da face ou ainda se minhas madeixas se encontravam alteradas e eretas.
Sem quaisquer disfunções, apenas pela aparente taquicardia, terminei rapidinho de tomar banho e resolvi terminar o alongamento na sala depois.
Bermuda hoje? NÃAAAAAO! Frio diiiiiiiiiiiiiiiiiiiii+. Sai com uma calça e de capuz e fui me alongar (agora de verdade) no quintal da frente, analisando o asfalto escorregadio que me aguardara.
Lembrei de alguns exercícios que pratiquei durante um bom tempo e que aprendi em um grupo que se intitulava BeOne (http://www.beone.org.br/) e era comandado por um francês que tinha uma desenvoltura absurdamente elástica mesmo com seus quase 70 anos. Lá, no BeOne, eu vi cada coisa... RECOMENDO. É caro mas vale cada centavo.
Após relembrar os momentos alongadores do BeOne, saí na garoa em busca de mais um dia de caminhada, sem saber o que me aguardava.
No caminho, hoje, percebi que havia um comércio aberto. Era uma casa de materiais de limpeza e a mulher que ali labutava, me cumprimentou. Acho que foi o primeiro "oi" em cinco dias.
No meio do caminho que faço para se chegar a pista, a garoa foi se dissipando e percebi alguns focos de pombas aglomeradas.
A cada passo mais próximo, percebi que as pombas estavam comendo LIXO. Gente... O que aconteceu com aquela MARCA DA PAZ, branquinha que estava presente em todos os grandes eventos sociais do passado, marcando para sempre nossas mentes com a mais alta alvura e pureza?
Percebi que de alguma forma, as pombas se transformaram nos novos ratos da sociedade, comendo lixo e transmitindo doenças inúmeras. Elas não voam mais, e provavelmente em breve perderão suas asas. Cada dia mais obesas, mesmo que você as afugentem elas insistem em ser seres terrestres comedores de tudo o que estiver na superfície. Dão uns pulinhos, timidamente batem as asas que não suportam seus gordos corpos abutrais. Passaram de SÍMBOLO DA PAZ a RATAZANAS em pouquíssimas décadas. Em duas no máximo. Logo mais à frente, outro foco com outras pombas degladiavam-se por restos mortais de um animalzinho recém atropelado por algum motorista desatento.
Para chegar na pista, tenho que necessariamente, passar por uma viela (estas que ligam a rua de cima com a rua de baixo do mesmo quarteirão - escadões). Era um fungo só. A escada toda verdinha, escorregadia. Me deparei com dois garotos que deveriam ter apenas 12 anos ou menos, com suas latinhas de coca-cola na mão. Engraçado que eles não estavam tomando seu conteúdo, mesmo porque elas me pareciam vazias e estavam amassadas, mas mesmo assim, eles levavam as latinhas às bocas incontáveis vezes.
:(

...

Ali, nos últimos degraus, minhas pernas já me davam motivos para serem lembradas. Eitcha canelinha doída, sô!
Caminhava eu... Sozinho... Quando de repente vi uma figura à frente. Era uma nádega avantajada dentro de uma calça com certeza de dois números menor do que uma que deveria comportá-la. Calça preta e distante, era inevitável direcionar o olhar para aquele tremendo glúteo que me desconcertou até a ultrapassagem.
Não que eu seja um tarado, longe disso. Mas é que vocês não entenderiam. Era um ABSURDO de grande. Descomunal. Assim... Uns 140 kgs tranquilo andando bem à minha frente. Eu sequer consegui ultrapassar pela pista, tive que desviar pela rua. Se eu achava que meu peso me assustava e que por ser elevado poderia me causar dores nos joelhos, o que esperava aquela colega que, persistentemente estava se dedicando tanto quanto a mim?
Mais á frente, dois senhores. Percebi que os HOMEMS se cobrem e as mulheres se descobrem nas caminhadas. Os homens, colocam roupas largas. As mulheres, curtas. Muitos dos homens buscam suas inspirações nas mulheres que praticam exercícios. E, por suas vezes, as mulheres, buscam suas inspirações (também) nas mulheres. O bicho reparador. Como elas reparam em detalhes totalmente dispensáveis aos homens. Se aquela mulher está magra, se a cor do tênis combina com a cor da camisa. Qual a cor do brinco. Se de argola ou de pedrinha.
Gente... VAMOS CAMINHAR?
Acho que pelo tempo fechado bem menos pessoas se encorajam para a caminhada diurna. Terminei meu ciclo em menor tempo que o normal. 4 minutos antes. E descobri que tem um cachorrinho que adora pista de caminhada. Ele mantém em larga escala, lembranças de seus alimentos por toda a pista.
Haja paciência.
Chegando no final, minhas pernas adormeciam quase que me abandonavam.
Alonguei e voltei.
Peto de casa, outra turba de pombas, agora, comendo farelo de pão. Devia ter umas 100 pombas. Passei no meio delas.... Elas corriam de um lado para o outro, mas nenhuma voou!
Acho que se esqueceram de quanto é bom voar. Ou as vezes, abandonaram esta característica.
Também pode ser vestígio de um sedentarismo universal que atinge até mesmo o símbolo da paz.
Até.
VaLEO

Leo Cinezi
www.cinezi.com.br

3 comentários:

  1. Léo. Muito bom o post. Siga firme na caminhada, a qual nunca me dediquei por não gostar, mas é importante.

    Se quiser variar no treino do final de semana, vai uma dica com a descrição de como era a minha corrida em agosto de 2009, quando eu ainda pesava 129 quilos e não dormia a noite por causa da apinéia obstrutiva do sono.

    Abaixo eu colei parte de um post que nosso blog foi escrito no dia 17 de agosto de 2009.

    Em tempo: a idéia surgiu depois de lido vozes outorizadas dizendo que a corrida (deslocamento em que durante algun momento - milésimo de segundo q seja - nenhum dos pés tocam o chão) por mais lenta que seja produz um efeito no corpo totalmente diferenciado da caminhada.

    Sem mais, segue o trecho em que explico como era a minha corrida.

    "A tarde fui levar o carro para lavar num lava-rápido estratégico. Na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, trecho que corre paralelo à Rodovia Bandeirantes onde há um cinturão de grama de uns 400 metros. Enquanto o carro foi lavado, lavei-me em suor. Para o que não precisa muito, lógico, mas de todo modo, foi bom.

    Foram 25 minutos de, tentarei explicar. Uma corrida da cintura para cima. Onde o movimento de braços é efetuado de forma idêntica ao de uma corrida, e o solavanco gravitacional que a enorme barriga causa é controlado para eu me sinta como se estivesse num trote confortável. Sei que são iguais por causa das minhas experiências anteriores. E a sensação, graças a um enorme poder de abstração, é boa. Tento imaginar-me num treino regenerativo. Aquele tranquilo, descompromissado e reparador do treino forte ou longo do dia anterior. Da cintura para baixo? Bem, não parece com caminhada, nem trote. Não parece com nada, mas é um eforço considerável de simular uma corrida ultra lenta."

    Um abraço e se ficar de saco cheio dos meus comentários é só falar.

    Um abraço,

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  2. Léo gostei mto das suas palavras!!!

    Está de parabéns,continue assim!!

    bjus

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  3. kkkk
    Achu q as pombas estão passando por um processo de seleção natural, como o que aconteceu com as galinhas, o alimento delas se encontram próximos ao chão, elas não tem mais necessidade de voar, tudo oq elas precisam elas encontram nas ruas da cidade, não precisam migrar para outros lugares atraz de alimento e comem qualquer coisa e os humanos não lhes fornecem perigo, elas irão cada vez mais perdendo a capacidade de voar.
    Daqui a pouco estarão que nem as galinhas.

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