quinta-feira, 20 de maio de 2010

CADÊ ELE?

É... Como já era de se esperar, o véio FDP não aguentou o ROCKYCINEZI. Pam pam pãrâram Pam Pam pãrãrãm...
Olha.
Sei lá o que vão achar das caminhadas e das ausências de posts. Não ligo!
Huhauahauauha!
Mas, sábado passado, tive aniversário em Itu. Niver do Pedrinho com uma festa SUPERULTRAMEGABLASTER foda. Isso porque ele fez só um aninho.... Imagine a festa de 02 anos (...).
Segunda, acho que pela viagem, fiquei mal diiiiiiiiiiiiiiiiiii+.
Amigdalite.
Aí, algum tonto vai falar: E você por acaso caminha com as amigdalas?
E eu respondo: Não! Eu as tiro para a caminhada.
Povo doido, viu?!?!?

O fato é que estas inflamações semestrais às amigdalas acometem outro fenômeno neste que ora vos escreve. Fico MAL mesmo. Muito. Febre, dor no corpo, cansaço, tudo como se fosse uma forte gripe.
O que me motivou a, na volta da faculdade, passar no PRONTO SOCORRO PÚBLICO.
Já usou serviço público?
Uma maravilha!
De verdade.
Não posso reclamar de absolutamente nada.
Sou bem atendido na recepção. Não demora mais que nos hospitais de convênios. Tenho os exames disponíveis. Tudo uma maravilha.
Em bem menos de duas horas, eu já retornava ao lar, devidamente medicado, melhor e conhecendo o mal que me ocorria.
As amígdalas do Sr. Leo estavam quase se tocando. Mais um pouco e uma punção seria a única solução.
Voltei pra casa melhorzinho. Dormi com a sensação de ter melhorado. Por recomendação médica, não me esforcei nem terça, nem quarta. A Azitromicina ainda está fazendo efeito contra minha bactéria.
O pior, não é ir ao médico. É ter que articular uma forma inteligente de não morrer lá. Por que? Sou alérgico a mais da metade dos medicamentos normalmente administrados em todos os casos e isso faz de mim uma presa fácil para as doenças que não me permitem exterminá-las com simples remédios. Sou alérgico à Dipirona e Paracetamol. Todo mundo fala: Mas e aí, Leo. O que você toma quando fica doente?
A resposta se resume a 4 letras:
No cu!
No máximo em 7:
Um banho.
É complicado.
Mas, para minha sorte, e pela bondade do médico que me atendeu, experimentamos uma nova alternativa que caiu como a uma luva e a partir de agora, posso passar a administrar este remédio nos casos febris que a vida ainda prepara para mim.
Hoje, Quinta, resolvi caminhar. Já estou melhor, me sentindo melhor e fui atrás daquele véio FDP do domingo.
Ah se eu encontrasse ele... No mínimo, daria umas 2 voltas (em volta) dele que era o máximo que eu conseguiria, ainda mais debilitado.
No caminho, vi uma novidade:
Um protetor de rodas e pneus anti xixidog.
Um barato.
Pelo que pude observar, era uma espécie de capa feita de chapa de zinco que protegia as rodas e os pneus de dois carros na garagem de um indivíduo. Achei o máximo. Em vez de ter de optar por cachorro fêmea (que eu achava que era a única saída), poderemos resolver o assunto desta forma. Acho até que uma opção descartável seria ainda melhor. Há de se pensar.
Continuei.
Acho que pela dor na garganta, a canela ficou com preguiça de se manifestar.
Fiz minha caminhada inteira sem novidades. Caminhando e observando, pensando onde aquele véio estaria. Hoje, eu debilitado mas disposto, ao menos, falaria com ele. Alguma coisa eu ia conseguir arrancar dele. Ou se ele era impotente sexualmente, ou se debaixo daquele boné, existiria vestígios de uma alopecia androgenética, ou ainda (e pior) se ele na minha idade fazia o que EU FAÇO hoje (com certeza começou depois de velho).
Mas... Nunca é tarde para começar. Eu comecei agora. Todo mundo com a melhor das intenções me direciona conselhos mil. A-DO-RO. Até descobri que alongamento não serve pra nada mesmo na caminhada. Não fiz hoje e estou me sentindo super bem.
Hoje mais 200 pessoas tentarão "tirar" suas carteiras de motoristas aqui no bairro. Na minha caminhada, percebi que 70% não seriam aprovados. O que mais me impressionou foi um rapaz de capacete escuro, moto preta, ter feito o "8" no "grau"... Empinando sua moto atrevendo-se a humilhar os que ali aguardavam para participar do exame.
Seria ele apenas um garoto impulsivo ou uma pessoa sóbria que realizava suas manifestações de vontade sem medo algum?
Sempre tem dois lados. Ou mais.
Vou refletir.
Abraços.

VaLEO
www.cinezi.com.br

domingo, 16 de maio de 2010

DECEPÇÃO TOTAL

Bom...
Nem sei como começar este POST...
A melhor palavra que encontrei para definir a manhã maravilhosa deste domingo foi a que está intitulando estas palavras.
Como sempre, fui dormir de madrugada. Desta vez, sob um agravante: Acabara de voltar de viagem. Combinei com meu soldadinho que me acordasse as 08, para que fizesse valer a data especial : DOMINGO.
Ele o fez bem. Levantei e decidi por ser domingo que sairia diretamente para caminhada, sem banho nem alongamento.
Saí, comecei minha caminhada e, por ser uma hora mais tarde que o convencional, a rua do comércio local já estava movimentada com seus anciões de boné palmilhando suas calçadas.
O "bom dia" era automático e indistinto. Isso era empolgante! E caminhando fui percebendo que o DOMINGO realmente é um dia diferente.
O sol brilha de outra cor. O vento sopra com harmonia. Os passarinhos dormem até mais tarde e nos privam de seus anúncios matinais agradáveis. Os ébrios ainda não chegaram em casa ou não acordaram pois não habitavam hoje os bares e padarias do bairro. Tudo parecia perfeito até que: QUEM VEM LÁ?
A P*@#$% da CANELITE.
Meu.
Desta vez foi insuportável.
Nos primeiros 500m, a dor era tanta que estava decidido a retornar para a minha casa e abandonar de vez a caminhada no final de semana.
Eu já havia abandonado no sábado, pois resolvi me dar um descanso, dormindo até as 09h30. Mas na verdade, eu tinha mesmo era uma viagem programada para um aniversário que foi SHOW DE BOLA. SUCESSO!
Mas, voltando, foi HOJE que sofri as consequências da orgia gastronômica que pratiquei ontem. Desde sexta a noite quando em um fraternal ágape me iniciei nos trabalhos de mastigação deglutindo várias formas diferentes de cortes e cozidos de massa. MACARRONADA feita por um grande conhecido, com molhos diferenciados para homenagear tardiamente o dia das mães. O PUNK é que foi sexta à noite. Isso também contribuiu para que no sábado eu abstivesse da caminhada.
Ontem, Sábado, o dia todo foi regado a grandes e apurados sabores, talvez, contribuindo para a minha decepção do domingo sem que eu soubesse.
A dor da canela é praticamente indescritível. É como se a alma deixasse nosso corpo e habitasse apenas a parte crônica da dor para tentar amenizar ou minimizá-la.
Foi tanta, tanta, que tive que parar quando cheguei na pista de caminhada. Parei MESMO. Parei e fiz pequenas massagens na canela para tentar recuperar meu status quo e continuar a missão.
Após uns dois minutos parado e massageando, encontrei dentro de mim, forças para continuar. Não foi bem dentro de mim....
Tá.... Tá...
Foi FORA de mim.

Um senhor simpático de aparentemente 60 anos passou por mim me dando bom dia: CORRENDO!
Isso me motivou.
O dobro da minha idade e o dobro da minha velocidade.
Motivei.
Voltei a sanidade e comecei a caminhar no mesmo ritmo de sempre.
Percebi que meu olhar não passava de um ângulo de 30º.
Meio triste pela minha primeira vez ter de parar antes de terminar a caminhada, mas determinado, continuei caminhado em passos fortes e distantes.
Mais uns 500m e me vi contando os passos.
Descobri que a cada 100 passos, existe conjuntos de bancos de alvenaria a beira da pista de caminhada. Só HOJE vi isso e pelo aspecto não era recém construído. Será que minha mente e corpo estavam tão cansados assim hoje que me fizeram reparar nestes "pitstop" em potencial?
A cada dois conjuntos de bancos de alvenaria, minhas canelas se intercomunicavam clamando por mais uma parada.
Quando de repente uma voz do além ecoa bem ao meu lado: UMA!
Era o senhor de 60 anos dando UMA VOLTA "em cima" de mim.
Sem declinar, continue firme e forte. A dor na canela deu uma trégua de uns 13 segundos e isso fortaleceu o resto do meu corpo para que a decepção não fosse maior.
Nos 800m finais, já me sentia arrastando minhas pernas e diminuindo meu ritmo. Outro conjunto de bancos me hipnotizava. Passava olhando para o outro lado, com se quisesse disfarçar minha verdadeira vontade de parar.
Desta vez, eu precisei ir diminuindo meu ritmo no final da jornada. Pelas dores canelais e um cansaço absurdo, eu chegava bem perto do fim da pista com uma sensação de suor. Tudo suava. TUDO.
Ouvi: DUAS! E um sorriso sarcástico foi apresentado no rosto daquele senhor que já não me aparentava ser tão simpático assim.
Fui parando, parando, parando e parei. DE VEZ.
Sentei no banco da pista. No último banco no final da pista e comecei a massagear levemente minhas canelas. Era uma dor descomunal, insuportável. O que havia ocorrido? Eu não conseguia encontrar um motivo para tamanha dor. Seria a ausência do banho? A falta de alongamento? O fato de ser domingo e a mente ter isso viciado? Eu não sabia.
Enquanto esperava a dor diminuir, pensava eu em desistir de vez desta caminhada pois estava me fazendo mais MAL do que BEM.
Ontem, muitos dos meus amigos me falaram: Tá bonitão... Emagreceu...
Eu, sinceramente, não acredito nem me sinto mais magro, mas meus amigos (talvez por isso são amigos, para te deixar feliz) falaram isso aí.
Mas eu estava decidido. Ia parar de caminhar e pronto. Nunca fiz isso na vida e estou vivo até hoje. Isso não mudaria minha vida se eu parasse agora. Nem sinto efetivamente os efeitos da caminhada em minha vida. Não representa absolutamente NADA pra mim. Era só uma forma de ocupar um tempo que eu tinha ocioso. Era como contar carneirinhos antes de dormir. Não serve pra nada.
Aí, recuperado da dor e decidido a nunca mais voltar a caminhar, escuto:
TRÊS!!!





Véio FDP!
Amanhã pego ele.




VaLEO
Leo Cinezi
www.cinezi.com.br

sexta-feira, 14 de maio de 2010

TRANGÊNICOS MUTANTES

Frio. Úmido.
...
Esta é nossa manhã!
03h........ DORMIR!
07h........ WAKEUP!
Alonguei no BANHO hoje!
No "espreguiçar" levei um choque! Esqueci que cresci (hoje tenho 1,80m) e quando me esgreguicei pra cima, sem querer, toquei com as duas mãos um Lorenzetti "panelão" que quase me arrebatou.
Com o grau de consciência nitidamente abalado, olhei-me no espelho para ver se olhos tinham saltado da face ou ainda se minhas madeixas se encontravam alteradas e eretas.
Sem quaisquer disfunções, apenas pela aparente taquicardia, terminei rapidinho de tomar banho e resolvi terminar o alongamento na sala depois.
Bermuda hoje? NÃAAAAAO! Frio diiiiiiiiiiiiiiiiiiiii+. Sai com uma calça e de capuz e fui me alongar (agora de verdade) no quintal da frente, analisando o asfalto escorregadio que me aguardara.
Lembrei de alguns exercícios que pratiquei durante um bom tempo e que aprendi em um grupo que se intitulava BeOne (http://www.beone.org.br/) e era comandado por um francês que tinha uma desenvoltura absurdamente elástica mesmo com seus quase 70 anos. Lá, no BeOne, eu vi cada coisa... RECOMENDO. É caro mas vale cada centavo.
Após relembrar os momentos alongadores do BeOne, saí na garoa em busca de mais um dia de caminhada, sem saber o que me aguardava.
No caminho, hoje, percebi que havia um comércio aberto. Era uma casa de materiais de limpeza e a mulher que ali labutava, me cumprimentou. Acho que foi o primeiro "oi" em cinco dias.
No meio do caminho que faço para se chegar a pista, a garoa foi se dissipando e percebi alguns focos de pombas aglomeradas.
A cada passo mais próximo, percebi que as pombas estavam comendo LIXO. Gente... O que aconteceu com aquela MARCA DA PAZ, branquinha que estava presente em todos os grandes eventos sociais do passado, marcando para sempre nossas mentes com a mais alta alvura e pureza?
Percebi que de alguma forma, as pombas se transformaram nos novos ratos da sociedade, comendo lixo e transmitindo doenças inúmeras. Elas não voam mais, e provavelmente em breve perderão suas asas. Cada dia mais obesas, mesmo que você as afugentem elas insistem em ser seres terrestres comedores de tudo o que estiver na superfície. Dão uns pulinhos, timidamente batem as asas que não suportam seus gordos corpos abutrais. Passaram de SÍMBOLO DA PAZ a RATAZANAS em pouquíssimas décadas. Em duas no máximo. Logo mais à frente, outro foco com outras pombas degladiavam-se por restos mortais de um animalzinho recém atropelado por algum motorista desatento.
Para chegar na pista, tenho que necessariamente, passar por uma viela (estas que ligam a rua de cima com a rua de baixo do mesmo quarteirão - escadões). Era um fungo só. A escada toda verdinha, escorregadia. Me deparei com dois garotos que deveriam ter apenas 12 anos ou menos, com suas latinhas de coca-cola na mão. Engraçado que eles não estavam tomando seu conteúdo, mesmo porque elas me pareciam vazias e estavam amassadas, mas mesmo assim, eles levavam as latinhas às bocas incontáveis vezes.
:(

...

Ali, nos últimos degraus, minhas pernas já me davam motivos para serem lembradas. Eitcha canelinha doída, sô!
Caminhava eu... Sozinho... Quando de repente vi uma figura à frente. Era uma nádega avantajada dentro de uma calça com certeza de dois números menor do que uma que deveria comportá-la. Calça preta e distante, era inevitável direcionar o olhar para aquele tremendo glúteo que me desconcertou até a ultrapassagem.
Não que eu seja um tarado, longe disso. Mas é que vocês não entenderiam. Era um ABSURDO de grande. Descomunal. Assim... Uns 140 kgs tranquilo andando bem à minha frente. Eu sequer consegui ultrapassar pela pista, tive que desviar pela rua. Se eu achava que meu peso me assustava e que por ser elevado poderia me causar dores nos joelhos, o que esperava aquela colega que, persistentemente estava se dedicando tanto quanto a mim?
Mais á frente, dois senhores. Percebi que os HOMEMS se cobrem e as mulheres se descobrem nas caminhadas. Os homens, colocam roupas largas. As mulheres, curtas. Muitos dos homens buscam suas inspirações nas mulheres que praticam exercícios. E, por suas vezes, as mulheres, buscam suas inspirações (também) nas mulheres. O bicho reparador. Como elas reparam em detalhes totalmente dispensáveis aos homens. Se aquela mulher está magra, se a cor do tênis combina com a cor da camisa. Qual a cor do brinco. Se de argola ou de pedrinha.
Gente... VAMOS CAMINHAR?
Acho que pelo tempo fechado bem menos pessoas se encorajam para a caminhada diurna. Terminei meu ciclo em menor tempo que o normal. 4 minutos antes. E descobri que tem um cachorrinho que adora pista de caminhada. Ele mantém em larga escala, lembranças de seus alimentos por toda a pista.
Haja paciência.
Chegando no final, minhas pernas adormeciam quase que me abandonavam.
Alonguei e voltei.
Peto de casa, outra turba de pombas, agora, comendo farelo de pão. Devia ter umas 100 pombas. Passei no meio delas.... Elas corriam de um lado para o outro, mas nenhuma voou!
Acho que se esqueceram de quanto é bom voar. Ou as vezes, abandonaram esta característica.
Também pode ser vestígio de um sedentarismo universal que atinge até mesmo o símbolo da paz.
Até.
VaLEO

Leo Cinezi
www.cinezi.com.br

quinta-feira, 13 de maio de 2010

HOJE FAZ 02 ANOS...

Nem soldadinho nem despertador. Troquei meu despertar por um GALO. É... Um GALO VIRTUAL do mesmo site http://kukuklok.com/ que me acordou hoje. Impressionante como eles são pontuais. Exatamente às 07h da manhã, sem o perdão nem piedade por eu ter ido dormir as 02h50 da madrugada, o GALINHO me acordou com um sonoro cocoricó gigantesco que ecoava pelas 4 paredes do meu quarto quentinho e protegido do frio. Aliás... Que frio... Nem inverno é mas o tempo já está dispondo gripes e doeças respiratórias aos nossos conterrâneos.
Falando em gripe, HOJE vou tomar a vacina da H1N1.
Acordei, banho, alongamento e caminhar.
Caminhando FORTE para a pista, percebi o que não queria: MORO NA PERIFERIA.
Como descobri isso? Olhando para os postes, fios e cabos da rede elétrica. Tem mais tênis nos fios que na World Tennis. E fósseis de pipas? Um arquéologo pipal, com auxílio do carbono 14 decobriria aqui no bairro, gerações e gerações de crianças que não tinham cuidado algum para com a própria vida, empinando seus "quadrados" bem próximos da rede elétrica.
E a CAPUCHETA? Lembra?
Sabedor desta feita, continuei em silêncio meu caminhar.
NADA... Absolutamente NADA está aberto a hora que saio para caminhada. Só UM boteco já lá bem perto da pista e, pasmem, hoje com 04 pessoas (consumidores) "cajibrinando" as 07h30 da manhã. E eu que me achava disposto! Disposição é isso: Rabo de Galo as 7 da matina. Maria Mole. Bombeirinho.
Só conheço isso de nome, pois sempre ouvi meu pai falar.
Apesar de ter a aparência que tenho, sou desprovido dos pequenos vícios.
Ontem, um irmão me falou que eu deveria ter uma meta. Prometi pensar em uma meta no caminhar de hoje. Ele me perguntou o que me motivou a caminhar. Também não soube responder. Mas...THINKING WITH MY BUTTONS (hahahaah) lembrei de uma conversa que tive com meu irmão há dois anos atrás. Era dia das mães e eu sequer imaginava que seria minha última chance de poder conversar com ele.
À mesa, no almoço de dia das mães, falávamos de um tudo. E ele, de repente, me vendo repetir o prato delicioso que minha mãe preparara para específica ocasião me indagou: E você, Leo? O que anda fazendo para você? Tá se cuidando? Comendo assim vai ter que fazer algum exercício em breve. Qual foi a úiltima vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Aquilo nem havia me tocado no momento. Mas hoje, faz um significado enorme.
Era ali a última vez que eu conversaria com meu irmão Artur Cinezi.
Na terça feira seguinte (após o domingo de dia das mães), eu saia a noite da faculdade, voltando para minha morada, quando um grande amigo (Keith) nosso me liga. Este amigo é policial e me perguntou ao telefone assim: "E aí, Leo? Tudo bem?
Leo: Tudo. Manda aí!
Keith: Tá por onde?
Leo: Saindo da faculdade, indo pra casa e você?
Keith: ô. Leo. Você pode me encontrar ali na moóca?
Leo CLARO. Tô indo.
Retornei na via anchieta sem sequer saber o motivo. Aliás, NUNCA precisaei saber o motivo de nada. Por isso não sei também o motivo que hoje me faz caminhar. Eu NUNCA saberei o que memotivou a começar. Não conseguiria responder a pergunta que me fizeram ontem sobre o que me motivou caminhar. Só comecei. Fui e estou. E, se eu parar, isso não vai me melindrar. Tampouco me decepcionar. O que os outros pensam de mim pouco ou nada importa. O que EU penso de mim é que deve ser levado em consideração. Eu não devo motivos às pessoas. Devo apenas à mim. Ou não...
Fui em sentido do bairro italianíssimo da Moóca. mesmo sem saber aonde deveria encontrar meu amigo Keith. A gente se vê sempre. Sabe aqueles amigos desde criança e que envelhecem juntos com você? Pois bem. Este é um AMIGO deste tipo aí. SEMPRE perto. Sempre lado a lado.
Liguei pra ele:
Leo: E aí? Onde te encontro?
Confesso que no caminho, pensei em algumas hipóteses como por exemplo: Por que ele tá me ligando agora? Será (por ele ser policial) que passou por alguma coisa? Será que saberei ajudá-lo? Será que aconteceu alguma coisa?
Afastei todo e qualquer pensamento da minha mente decidido a fazer por ele o que sempre fizemos um pelo outro: ESTAR JUNTO. Independente do que fosse.
Keith: Me encontra na delegacia "tal".
Leo: Já tô bem perto e você?
Keith: Tô encostando.
Cheguei lá na delegacia "tal" antes que ele.
Quando ele chegou, me levou para o outro lado da rua cruzou os braços e me perguntou: Tá tudo bem?
Respondi que sim.
Ele falou: Você vai ter que ser forte agora, mano!
Leo: Manda parceiro. Tô com você em qualquer parada!
Keith (diretamente): É o Artur, Leo... Ele se matou.

...

desculpe não consigo mais escrever.....

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A MORTE DO SOLDADO

Tá...
Já sei!
Vão falar: "Tá vendo.... O Leo não aguentou nem o 3º dia de caminhada!"
Ledo engano, colega.
Que não aguentou foi o soldado. Vai saber onde ele enfiou aquela estridente insistente corneta (http://kukuklok.com/) que o fez calar-se hoje pela manhã.
Longe de brincadeiras, o soldado simplesmente me abandonou. Não me acordou e pior, me prejudicou.
E eu que confiei nele. Depositei todo meu sono aos braços de Morpheus para ter o rompimento do dia comandado pelo soldadinho do despertador.
Mas, parece que foi até melhor assim. Fui dormir mais cedo desta vez. Já estava deitado as 02h20 pensando em um novo par de tênis para caminhadas, recomendado por muitos dos nossos seguidores que não querem só rir da desgraça alheia. NÃO SÓ. Mas querem rir também.
Era 07h00 e meu sono perdurava. Nada de soldado, nada de barulho, nem um ruído sequer. O que me fez atrasar para meu compromisso diário da caminhada. Por sorte, atrasei só alguns poucos minutos, cerca de 300 minutinhos que passaram rápidos demais se quiser saber.
EU lá... Disposto, ávido por mais um dia de aventuras entre lamúrias, lamentações e dores nunca antes vivenciadas. Como a um masoquista aguardando seu sádico este mortal descansava o sono dos justos pronto para ser surpreendido pela soldadinho.
Pois bem. MEIO DIA E EU ACORDEI. Sozinho. Sem ajuda de ninguém, viu?!?! Acordei e decidi ir para meu terceiro dia de caminhada.
Ao contrário do que minhas pernas me diziam, resolvi novamente me alongar. Desta vez, fiz uma sessão dentro de casa, (Já era meio dia... O que os vizinhos iriam pensar?!?!) com muito alonamento para pernas, braços e tudo mais. Aprendi com a MOVIMENTO (http://www.movimentoonline.com.br/) na época do "ispriguííííííiíça" na BAND.
Sai em direção a distante pista de caminhada. Para minha surpresa, as canelas não doeram. Fui no mesmo ritmo dos outros dois dias até a pista.
No caminho, me sentindo bem mais à vontade, percebi que em meu bairro tem muitas casas para vender. Acho que virou moda por causa do rodoanel. Todo mundo está vendendo suas casas. Inclusive EU. Nossa casa está com 4 placas de 4 imobiliárias diferentes. E, se tem uma coisa que aprendi: Quer vender alguma imóvel? TENTE NO PARTICULAR. Faça o teste. Eu mesmo liguei nas imobiliárias que minha casa está à venda. Pedi informações acerca da casa, como se eu fosse um cliente normal. Até hoje, ninguém me deu sequer retorno. Meu sócio me deu uma idéia: Colocar uma placa na frente de casa com os dizeres: VENDO e no número do meu celular. INCRÍVEL. CHOVE LIGAÇÕES. Todo dia alguém liga. Isso dá certa empolgação, pois quando estavam só as placas das imobiliárias, eu pensava que minha casa não estava mais valendo nada pois ninguém nunca me ligou nem para me xingar.
Voltando. Muitas casas no bairro para vender e tal... Cheguei na pista sem dor alguma. Olhei firme para frente e continuei no mesmo ritmo frenético de caminhada. A cada passo ia percebendo como brasileiro é um bicho estranho. Nosso bairro nunca teve pista de caminhada. Foi inaugurada há pouco mais de um ano, acho. Talvez menos. Mas, já tem trechos PICHADOS, DEVASTADOS, QUEBRADOS e nitidamente tudo isso feito por mero vandalismo. Além, a quantidade de lixo que se acumulam nas parcas flores e vegetação da pista é de estarrecer. Amanhã, vou tentar conseguir um espeto de pegar lixo (Igual do desenho - do Pica Pau? - : Pegue o lixo e ponha na sacola, tum tum) para vir recolhendo o que ali depositam. Outra coisa: QUANTA MERDA!!! Huhauhauhauha
O que tem de dono de cachorro cagão! Deve ser o dono que faz suas necessidades na pista, porque os cachorrinhos devem preferir a grama. Ou não?
Bom! Desviando do campo minado fecal, continuei minha caminhada. Tinham bem menos pessoas caminhando hoje. Será que é porque era mais de meio dia?
Descobri também porque mais pessoas marcam seus EXERCÍCIOS e CAMINHADA na parte da manhã: POR QUE NÃO PENSAM.
Se você pensar, você não vai.
O coisa besta que é caminhar!
Não leva a nada, traz dores nas canelas, desgaste nos joelhos, cansaço, você tem que passar por provas a todo instante tentando esconder uma coisa que não dá mais para esconder... Fogo viu?!?
Então, as pessoas marcam de manhã porque o cérebro está enebriado com o sono e o raciocínio pega no tranco. Aí, quando perceber, a pessoa já vai estar no meio do exercício e não parará mais.
Hoje, meio dia, eu pensando, me questionava: O QUE QUE EU ESTOU FAZENDO?
Sem encontrar respostas, percebi que já estava bem mais próximo fo final quando de repente, um sinal divino: DOR NA CANELA!
Ah! Que delícia! Achei que elas não existiam mais. Estava quase pensando novamente como antes: Que nem existia canela.
Faltava pouco mais de 200m para o fim e a canela doía bastante. O Formigamento deve ser marido da dor de canela, pois, como que com ciúmes, acompanha a dor onde quer que nós estejamos.
Cheguei ao final de mais uma caminhada. Dei uma bela espreguiçada e alonguei de novo.
Voltei para casa para poder escrever o que havia passado e percebi grandes movimentações da empresa de energia elétrica nos postes do bairro.
Estavam fazendo manutenção nos postes. O que ocasionou a MORTE do SOLDADO do DESPERTADOR. Faltou LUZ e ele me deixou na mão.
Melhor.
Dormi um pouco a mais.
Hoje, vou dormir ainda mais cedo e vou colocar DUAS opções de despertadores.
Lição do dia: Sempre tem alguém vendendo algo. Sempre tem alguém querendo comprar algo. O difícil é que estes se encontrem.

VaLEO
Leo Cinezi

www.cinezi.com.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fui dormir e feliz e acordei mais feliz ainda!!!

Fui dormir as 03h00 da manhã de novo. Por dentro, eu estava muito feliz porque estava chovendo e portanto eu não faria a minha segunda caminhada.
Acordei com o corneteiro as 07h00 e para minha surpresa, o sol raiava como se nada tivesse acontecido na madrugada anterior.
Dado por vencido e comprometido com minha nova vida, tomei aquela ducha e me paramentei para meu segundo dia de saúde.
Ontem, comentei com algumas pessoas acerca do que havia feito. Meu sócio me disse que era assim mesmo e que doía as pernas mesmo no começo. Minha namorada me disse que doía porque eu não fazia alongamento ANTES da caminhada.
Pois bem.
Fiz o que ela me falou: Alonguei ANTES da caminhada.
E realmente serviu para alguma coisa.
O alongamento me serviu para me cansar logo de partida. Já sai com dores nas pernas e coceira na barriga.
Já nos primeiros 100m de caminhada, longe demais da pista a qual era meu destino, eu já queria desistir e voltar a dormir.
Perseverante, fui mesmo com dores até meu destino: a pista de caminhada do bairro.
Caminhei no mesmo ritmo de ontem. Ritmo elevado, acima do caminhar normal. Talvez esta puxada (para quem é sedentário é praticamente uma corrida na subida) é o que faz doer os músculos (?) da canela.
Hoje, a canela da perna esquerda, com inveja da outra, começou a doer antes. Já doía no final da minha rua, mesmo sem andar sequer 100mts
Cheguei na pista e percebi que já conseguia caminha olhando para frente, isso é, sem medo do que estava por vir e sabedor da distância à percorrer.
Percebi também que hoje tinham mais pessoas caminhando. Algumas até minhas conhecidas e eu, inacreditavelmente, a cada pessoa que eu cruzava ou passava, murchava o que eu conseguia de barriga, e estufava o peito para tentar demonstrar uma altivez que eu nunca possui.
Penso que enganei a todos. Mas o fato é que os comentários delas devem ter sido dos mais sarcásticos e preconceituosos.
Vencido esta vaidade, continuei minha caminhada concentradíssimo na minha canela esquerda e no fervor que a dor consumia minha perna como um todo.
Na metade do percurso, vi grande aglomeração na praça central da pista. Era uma espécie de mutirão da saúde. Um grupo grande de pessoas se alongando, sob a tutela de um instrutor, que viabilizava alguns exercícios dos quais eu imaginei ter feito antes da saída de casa.
Ali, percebi o quanto eu sou despreparado até mesmo para se alongar.
Mantive o ritmo e não desanimei. Continuei e a menos de 400 m do final da pista, minhas pernas se arrastavam e eu tentava levantá-las para continuar no mesmo ritmo. A dor era tanta que pensei em correr (vê se pode?!?!) para chegar mais rápido ao final da jornada.
Pensei comigo e resolvi terminar aquela missão mesmo que sem fôlego.
E foi o que ocorreu. As dores eram ainda piores das de ontem. Mas terminei a caminhada feliz por ter vencido o cansaço e mais ainda, com uma nova lição.
QUE PORRA DE ALONGAMENTO NADA. VAI E CAMINHA!
Até amanhã.

VaLEO
Leo Cinezi
www.cinezi.com.br

FU

segunda-feira, 10 de maio de 2010

31 anos, 100kg, CHEGAAAAAAAAAAAAAA!!!

Nunca imaginei como um corpo molenga e desengonçado poderia efetuar tamanha façanha.
Aos 31 anos de idade, bem próximo da 32ª primavera, decidi MUDAR MINHA VIDA.
Dormi cedo hoje, as 03h da manhã e, ainda me revirando tentando encontrar uma confortável posição que me protegesse do frio, refleti muito acerca do que estava fazendo com a minha vida.
BASTA!
100kgs é uma grande marca se se tomar uma atitude. É minha segunda vez atingindo os 03 dígitos da balança e isso nada me agrada.
Decidi então fazer algo após 20 anos de pleno e vagabundo sedentarismo.
Basicamente, minha vida é igual a de vocês: Acordar, trabalhar, estudar, voltar pra casa, dormir e tudo de novo. Esta rotina que nos carrega ao auge do sedentarismo nos consome sem ao menos nos dar permissão da percepção do que estamos realmente causando a nós.
Aí, antes de dormir, liguei o computador e carreguei um despertador online (http://kukuklok.com/) para acordar. Que horas? As 07h da manhã.
Experimente ao menos uma vez na vida colocar este despertador na campainha do EXÉRCITO para te acordar após 04h de um preguiçoso sono de segunda para segunda. É o MÁXIMO. É como se você estivesse em uma rave transmutado do ventre de sua mãe para o interior da balada.
Disposto a mudar de vida, fiquei SONHANDO em que eu poderia fazer. Acordei as 07h conforme previsto com um soldado enlouquecido tocando sua corneta incessantemente. Acordei, ataquei um tênis no cpu e mesmo tendo errado a caixa de som, percebi que a corneta deu uma bela desafinada.
Levantei para ver se havia machucado meu colega soldado que só queria mesmo cumprir sua missão que era me acordar.
Fui até o CPU e vi que ele estava bem.
Coloquei o despertador na funçõa snooze (Soneca?) e deitei de novo. É muito difícil perder hábitos majestosos como o de dormir bem.
Em inacreditáveis 10 minutos, aquele soldado ferido voltou a tocar desvairadamente sua corneta. Eu, meio sem entender, resolvi puxar da tomada o tal do computador, na esperança de poder ter mais algumas horas de sono.
Desliguei tudo, a tv, o telefone, o celular que estava carregando, TUDO menos o cpu que continuava com sua estridente canção cornetal.
Levantei, então, de novo e dei um basta em tudo. ACORDEI MESMO e fui tomar um banho para iniciar minha nova jornada.
Decidi que caminharia a partir de hoje e foi o que eu fiz.
Saí disposto a dar duas voltas na pista de caminhada que existe aqui em nosso bairro.
Fui, após um bom banho, e com uma bermuda destas de exercícios coberta mais de sua metade por uma camiseta de algodão, iniciar minha caminhada.
O tempo estava frio, quase garoando, mas isso não me desanimou. Afinal era meu primeiro dia de NOVA VIDA.
Lembrei que há 05 meses, eu tinha que fazer um teste para saber a instalação elétrica da minha casa estava com defeitos ou com desvio de energia. DESLIGUEI TUDO e tirei uma foto do relógio de luz.
A agência fornecedora de energia elétrica não conseguia me provar o porque a conta de luz da minha casa tinha um valor equiparado a de uma casa de uma família de 05 pessoas. Nem eu.
Desliguei tudo e sai para caminhada.
Meio que marchando, em um ritmo bastante considerável para um sedentário de 31 anos que a 20 deles nunca levantara nem sequer um braço para nada, fui em direção à pista de caminhada.
Incrível. O percurso que eu faço em menos de 02 minutos (de carro) da minha casa até esta pista se transformara em 17 minutos de um passeio que me levou a estafa.
Mas não desisti.
Quando cheguei na pista, minha canela doía. Nem lembrava que eu tinha canela, quanto mais que ela poderia DOER.
A canela da perna esquerda doía muito e pensei em voltar pra casa... Loucura, pois foi justamente aquela distância que me fez sentir tal dor. Então, ainda caminhando, sem nenhuma parada, iniciei minha caminhada na pista de caminhada do bairro.
Comecei a reparar que a dor era contagiante e contagiou minha outra canela. Em menos de 3 minutos, a dor passou a ser formigamento e minhas duas pernas estavam embebidas em um misto de coceira e formigamento, com dores pequenas e sensação de prurido.
Não me abati.
Firme e forte, levantei a cabeça e vi que só faltavam mais 90% do percurso para percorrer.
Abaixei a cabeça de novo e voltei a reparar nas minhas sensações e dores.
Foi quando identifiquei que a pista tinha lajotas, duas a duas, daquelas que são duas horizontais e duas verticais, fazendo uma calçada tímida e sem vida, ter a cara de pista de alguma coisa.
Eram sete colunas intermináveis de lajotas que me hipnotizavam para que eu não pudesse mais sentir as dores que agora subiam para as batatas das pernas.
A dor foi consumindo as coxas, e chegou a cintura.
Logo, meu corpo estava todo formigando e isso me fez pensar: Será que estou fazendo mais MAL do que BEM pra mim?
Isso me desestimulou, mas ainda no mesmo ritmo, continuei a jornada e dei uma tímida levantada na cabeça para identificar que ainda faltava o dobro do que eu já tinha andado para chegar ao final da pista e aí então poder retornar para casa.
Concentrado e com fome, continue. Firme e forte. Não tão forte assim. Mas continuei.
A dor já era engraçada, pois eu percebi que EU conseguiria vencê-la e não ela a mim.
Com a força do infinito, cheguei ao final e percebi que faltou alguma coisa no começo: o alongamento.
Aí, fiz um alongamentinho ali no final da pista mesmo, meio tímido e sem jeito, mas pronto para desmaiar quando chegasse em casa.
Resolvi vir embora e passei inevitavelmente em frente de armadilhas como padaria e mercadinho. Ambos me chamavam para o consumo e fui forte, só pensando em poder relatar aos meus amigos o que havia acabado de fazer.
Cheguei em casa e vi que o relógio não se movimentou e de fato a cobrança da fornecedora de luz é indevida. VOU RECLAMAR.
Agora chega. Cansei de escrever e as pernas ainda estão formigando.
Bom dia para você e BOA SEMANA!
Conte SEMPRE comigo.
VaLEO
Leo Cinezi